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Transporte Terrestre

Anfavea alerta sobre Imposto Seletivo e risco de alta em veículos

O aumento de impostos é previsto para entrar em vigor em janeiro de 2027 dentro da Reforma Tributária

21/09/2025 11h04

Foto: Toyota - Divulgação

O setor automotivo brasileiro vê com apreensão a implementação do Imposto Seletivo, previsto para entrar em vigor em janeiro de 2027 dentro da Reforma Tributária.

“Se algo tem tirado nosso sono é esse tributo, previsto no âmbito da Reforma Tributária a partir de janeiro de 2027”, afirmou Igor Calvet, presidente da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores). “Estamos a menos de um ano e meio do início da vigência das novas regras e ainda não temos ideia da carga tributária que incidirá sobre os nossos produtos. Ao fim, podemos ter aumento de carga de impostos para os automóveis, o que não era a proposta original do governo”, alertou.

Segundo a Anfavea, o Imposto Seletivo deve incidir sobre veículos de todas as motorizações, inclusive híbridos e elétricos, em complemento aos tributos já existentes. O risco, avalia a entidade, é o encarecimento dos automóveis novos, o que poderia afastar consumidores e prolongar o uso de modelos mais antigos, menos seguros e mais poluentes. “Totalmente na contramão da atual política industrial do próprio governo federal, o Mover, que incentiva investimentos em produtos cada vez mais limpos e com itens de segurança de última geração”, destacou Calvet.

O dirigente também cobrou maior agilidade na regulamentação do programa de incentivos. “Temos uma grande lista de normas a serem publicadas. O Mover ainda não é o grande marco, porque ainda não foram concluídas todas as regulamentações. Previsibilidade era e segue sendo a palavra-chave.”

Apesar das incertezas, os investimentos anunciados pelas montadoras permanecem em curso. A Anfavea estima que fabricantes e fornecedores somam R$ 190 bilhões em aportes no Brasil para os próximos anos. “Nosso setor é resiliente. Batemos em agosto o recorde de emplacamentos de novas tecnologias, 11% do mercado interno, sendo que um quarto desses já são elétricos”, concluiu Calvet.