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O Canal do Panamá anunciou progresso na preparação do projeto para a construção de um gasoduto de gás liquefeito de petróleo (GLP) que conectará a costa caribenha à costa do Pacífico panamenho. O projeto, que envolve um investimento estimado entre US$ 4 bilhões e US$ 8 bilhões, está em fase de avaliação do modelo de negócios, de acordo com o Ministro de Assuntos do Canal, José Ramón Icaza. 

Icaza disse que o Conselho de Administração da Autoridade do Canal do Panamá (ACP) já aprovou o plano geral para a transferência de petroquímicos na margem oeste da hidrovia interoceânica. Essa aprovação permite a continuação das análises técnicas e de mercado necessárias para definir a infraestrutura necessária e o plano de investimentos.

O ACP está atualmente realizando uma pesquisa preliminar de mercado, com o objetivo de identificar oportunidades de geração de valor adicional para a rota do Canal. A previsão é de que essa fase seja concluída entre setembro e outubro deste ano. "Esperamos iniciar o processo de licitação o mais tardar em 2026 ou no início de 2027", afirmou o ministro.

Rota energética e expansão considerável 

O gasoduto seria projetado para transportar GLP da costa caribenha do Panamá, onde navios-tanque do Golfo do México atracará até a costa do Pacífico, de onde o combustível segue sua rota para o Nordeste Asiático. Essa solução permite evitar todo o trânsito de navios que transportam esse tipo de carga pelo Canal do Panamá, liberando capacidade para outras operações e oferecendo uma alternativa logística adicional.

Segundo estimativas preliminares, a infraestrutura poderá atingir capacidade de transporte de até um milhão de barris por dia, dependendo da configuração final do modelo de negócio.

O desenvolvimento do gasoduto também busca ativar o potencial logístico da margem oeste do Canal, uma área que até agora não foi intensamente utilizada em comparação com áreas como Colón (Caribe) ou Cidade do Panamá (Pacífico).

Paralelamente ao desenvolvimento do gasoduto, o Panamá estuda a possibilidade de construir dois novos portos: um em Corozal, na costa do Pacífico, e outro em Telfers, no Caribe.

Esses novos portos poderão ser licitados em um prazo máximo de 18 meses. Foi mencionado também que o desenvolvimento de três portos adicionais — dois no Pacífico e um no Caribe — está sendo considerado em terras pertencentes à ACP, embora estes ainda não tenham entrado na fase formal de avaliação.

Fonte: Mundo Marítimo