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Sustentabilidade

Decea implementa nova circulação aérea em Cuiabá

O tráfego aéreo passa a dispor de rotas mais eficientes, com economia de combustível e redução da emissão CO2

06/10/2025 08h47

Foto: Decea - Divulgação

O Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) implementou a terceira etapa do projeto Eco Norte, com nova circulação aérea da Terminal de Cuiabá.

O projeto, que é conduzido pelo Quarto Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta IV), tem o objetivo de modernizar e otimizar o gerenciamento do tráfego aéreo nas regiões de informação de voo amazônica, incluindo as áreas de maior densidade como Belém, Manaus e Cuiabá.

Segundo o coordenador do projeto, Major Especialista em Controle de Tráfego Aéreo, Rui Nunes da Costa, a iniciativa impacta positivamente no turismo, na logística e na integração da Amazônia ao restante do país. As companhias aéreas, pilotos e controladores de tráfego aéreo passam a dispor de rotas mais eficientes, gerando economia de combustível e redução da emissão de gás carbônico (CO2).

“O Eco Norte é um marco para o controle do tráfego aéreo brasileiro. A grandiosidade desse projeto está no seu duplo impacto: ao mesmo tempo, em que garantimos maior segurança e eficiência para a aviação, contribuímos para a preservação da Amazônia, reduzindo emissões e apoiando a sustentabilidade. É a Força Aérea Brasileira unindo tecnologia, inovação e responsabilidade ambiental em benefício de toda a sociedade”, destacou o Oficial.

A implementação iniciou-se em julho de 2025 com a aplicação da nova rota de circulação na Terminal Belém. Em agosto, a aplicação foi realizada na Terminal de Manaus e, em outubro, ocorreu a implantação no Terminal de Cuiabá.

Esse processo envolveu o redesenho de rotas, Saídas Padrão por Instrumentos (SID), Chegadas Padrão (STAR) e Procedimentos de Aproximação por Instrumentos (IAP), Rotas de Aeronaves em Voo Visual (REA), Carta de Aproximação Visual (VAC), Espaços Aéreos Condicionados (EAC) e estudos de aplicação de Point Merge System, acompanhado por monitoramento constante de capacidade e segurança operacional.

Os resultados já são mensuráveis. Na implantação da Terminal Manaus, por exemplo, os cálculos indicaram uma redução de mais de 28 toneladas de combustível e cerca de 88 toneladas de emissão de gás carbônico nas primeiras semanas de operação, representando economia para as empresas e ganhos ambientais significativos. A expectativa é que as mudanças resultarão em redução de 5.070 toneladas de CO2 na atmosfera por ano.

“Este resultado é fruto do esforço coletivo, da dedicação e do profissionalismo de todos os envolvidos – planejadores do espaço aéreo, elaboradores de procedimentos, controladores, técnicos, gestores, parceiros institucionais e companhias aéreas. Cada contribuição, desde o planejamento inicial até as últimas coordenações operacionais, foi essencial para que este projeto fosse conduzido com êxito, mantendo-se sempre alinhado aos pilares que norteiam o Eco Norte: segurança operacional, aumento de capacidade, eficiência das trajetórias e mitigação ambiental”, afirmou o Major Rui Nunes.

Para a Força Aérea Brasileira, reforça a missão constitucional de garantir a soberania e a eficiência do espaço aéreo amazônico, ampliando a segurança operacional e a interoperabilidade com parceiros nacionais e internacionais. Para a sociedade civil, representa um passo concreto rumo a um transporte aéreo mais seguro, rápido, sustentável e ambientalmente responsável, sobretudo em uma região de dimensões continentais e grande relevância ecológica.